O racismo é a
tendência do pensamento em que se dá grande importância à noção da existência
de raças humanas distintas e superiores umas às outras.
Durante séculos, a sociedade brasileira foi norteada pela escravidão, que definia que “trabalho é coisa de raça inferior”. E a permanência das raízes do racismo nos dias atuais se deu pelo fato de os superiores da época não propiciarem aos negros, no final da escravidão, condições de desenvolvimento econômico, social, político e cultural.
Posteriormente, fomos influenciados pelas concepções colonizadoras e racistas da ideologia ocidental. Hollywood se encarregou de disseminar essa visão pelo mundo todo. O cinema de “Far West” mostrava a devastadora destruição das culturas e do mundo das populações nativas dos Estados Unidos pelo avanço do processo de colonização realizado pelos “brancos” ocidentais e suas “missões” civilizadoras. Essa visão era criminalizadora dos povos nativos. Os agentes do genocídio eram chamados de “mocinhos” e os “peles vermelhas”, automaticamente, de “bandidos”.
Com o tempo, o cinema começou também a criminalização das outras raças. É o caso dos asiáticos, como os japoneses na Segunda Guerra e os chineses na Guerra da Coréia, os negros, como nos filmes de “caçada na África”, os árabes, nos mais recentes filmes sobre “terrorismo”, e os latino-americanos, nos filmes sobre “tráfico de drogas”, sobre “contrabando na fronteira”, sobre “imigração ilegal”. E essa cultura persiste até hoje.
Aqui na biblioteca, temos várias sugestões de filmes
relacionados ao racismo e ao preconceito, que podem ser utilizados de forma
didática em sala de aula ou em casa, para serem visto com toda a família:
Quase Deuses
O Jogo da Vida
Amistad
À Espera de um Milagre
O Grande Desafio
Karatê Kid
Invictus
Sinhá Moça
Cultura Negra (produzido em Blumenau)
O Dia Nacional
da Consciência Negra existe desde 2003. Foi escolhida a data de 20 de novembro
porque foi neste dia, em 1695, que morreu Zumbi, líder do Quilombo dos
Palmares.
A homenagem a Zumbi foi mais do que justa, pois este personagem histórico representou a luta do negro contra a escravidão, no período do Brasil Colonial. Ele morreu em combate, defendendo seu povo e sua comunidade. Os quilombos representavam uma resistência ao sistema escravista e também uma forma coletiva de manutenção da cultura africana aqui no Brasil. Zumbi lutou até a morte por esta cultura e pela liberdade do seu povo.
Essa data serve como um momento de conscientização e reflexão sobre a importância da cultura e do povo africano na formação da cultura nacional. Os negros africanos colaboraram muito, durante nossa história, nos aspectos políticos, sociais, gastronômicos e religiosos do nosso país. É um dia que devemos comemorar nas escolas e nos espaços culturais, valorizando a cultura afro-brasileira.
Nenhum comentário:
Postar um comentário